sexta-feira, 26 de julho de 2013

Meu mundo em 3D e nada mais.


Eu sempre tive curiosidade em saber como era um filme em 3D. Eles foram lançados nos Estados Unidos na década de 50 e nunca tive oportunidade de assistir. Foi uma grande novidade na época, já que estavam fazendo de tudo para salvar o cinema, em uma época de censura acirrada e de caça às bruxas(filmes que fugiam aos padrões da "moral e bons costumes"). Mas, o formato não emplacou.

Parece que as produções não eram muito boas, como filmes mais voltados para os efeitos do que para o conteúdo. Bom, o aspecto técnico(como as lentes funcionam, os aspecto de como as imagens são transformadas são mais pesquisa para o Google). Pra mim, o que interessa é o produto final. Depois de muito tempo, filmes importados começaram a ser vendidos no Brasil, via catálogo. O dólar estava em um período de paridade "artificial", e dava pra comprar coisas que a gente nunca sonhou em ter aqui no nosso país. Eu sempre tive uma queda acentuada pelo estilo "trash" e achei alguns filmes em 3D. Mas, não posso dizer que funcionou bem. O primeiro filme que adquiri foi em VHS.

Veio com os famigerados óculos de papelão, com uma lente azul e outra vermelha. Ou o filme era muito ruim, mas não deu pra perceber quase nada dos efeitos e o filme era uma bomba. É pra rir mesmo. A nave espacial parecia saída de uma sala de alguma assistência técnica de TV's antigas da rua Santa Ifigênia em São Paulo. Eram válvulas, transformadores e uma parafernália de peças. Eles chegam à lua onde vivem a colônia de Mulheres-Gato(com aranhas gigantes, e tudo mais). Mas, o filme é tão ruim que chega a ser engraçado. Como "O Ataque dos Tomates Assassinos" e os filmes de Ed Wood, que acabaram virando clássicos do cinema trash. Não satisfeita com uma bomba só, acabei adquirindo outro filme(dessa vez em DVD - tive a impressão que a qualidade seria melhor - e foi um pouco melhor mesmo). Um filme chamado "The Bubble"(não o clássico com Steve McQueen). Uma estória bizarra de um casal que viaja para uma cidade estranha. A esposa está grávida e eles fazem um pouso de emergência na cidade, que é estranha. As pessoas não falam, os movimentos são repetitivos e eles não conseguem sair da cidade porque existe uma espécie de bolha cercando o lugar, como um campo de força que ninguém consegue transpor. Assistir esses filmes com óculos de papelão dá mais dor de cabeça que qualquer outra coisa.
Pra completar, comprei um gibi em 3D(e até que achei interessante). Nunca mais vi publicação a respeito. Estou colocando alguns desenhos aqui, mas sem os óculos de papelão, não vai dar pra visualizar.
Hoje, as novas TV's lançaram o formato 3D. Bem mais caras do que o normal, com óculos que só podem ser utilizados com o modelo correspondente(há um código que não permite o funcionamento com outras marcas e modelos). Não é minha especialidade, mas a tendência é que o mercado não vá adiante. São pouquíssimos títulos em DVD, com preço superior aos DVD's comuns do mercado, e os filmes não são muito interessantes. A maior parte é composta por desenhos. o que acaba ficando restrito a crianças. Um mercado interessante, mas, a tendência é não ir pra frente novamente. Mas, eu fico com meu 3D estilo pobre mesmo. É absolutamente trash.

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