Quem nunca se pegou pensando em como vai ser o futuro? Dependendo da fase da vida, isso pode virar uma dúvida constante. Quando eu era adolescente, e a coisa aparentemente mais importante da vida era encontrar o grande amor da vida(a tal alma gêmea) e "constituir" uma família, a gente parecia que ia entrar em parafuso. Eu me via com 15, 16 anos, querendo saber quem ia ser o tal "príncipe encantado" que viria me salvar de todo o mal, me proteger, e a gente iria morar numa cabana no alto de uma montanha, viver um grande amor e sermos felizes para sempre. E, você vai ficando mais velha. Continua pensando nisso, mas na minha época, a gente pensava em uma carreira também. Mas, o amor continuava mais forte, o grande ideal. E era o festival de cartomantes, quiromantes. Lembro de dona Alice, uma cartomante que atendia em um porão de uma casa, na rua Conselheiro Furtado, em São Paulo(já não existe mais: foi demolido), e a gente matava aula, faltava em consulta médica, podia estar toda podre, mas dia de consulta com dona Alice era sagrado. A gente chegava cerca de 07:00h pra ser atendida às 17:00h(nem SUS, nada era igual. E ninguém reclamava). Era interessante: ela descrevia fisicamente as pessoas que estavam envolvidas na nossa vida, falava a profissão(e acertava),como família, amigos, e os eternos amores de uma forma muito clara. Só que em termos de previsão, nada funcionava. Ela sabia o que fazia: como boa cartomante que era, ela dizia exatamente o que a gente queria escutar. Você iria gostar de entrar em um lugar, pagar para ouvir o óbvio? Claro que não. E é disso que esse pessoal vive: dos sonhos e esperanças das pessoas. Não acredito em má-fé. A gente acredita no que quer acreditar, mesmo que a verdade esteja escancarada. Algumas pessoas, por insistência, conseguem o que querem. Outras, não. Aí, é sua opção. Existe destino? Talvez sim. Mas live arbítrio também faz parte do jogo. A vida não obriga você a muitas coisas(em alguns casos, não há saída mesmo, como doenças, ou morte). A vida dos outros ao nosso redor também é importante. Você não joga tudo pra cima e deixa pra trás uma pessoa doente que depende de você, pra viver sua vida. Pra mim, seria impensável. Vai passar a vida inteira se achando injustiçado pelo destino, mas você, com certeza, não seria feliz se soubesse que teve que sacrificar a vida de alguém para poder buscar sua própria felicidade. Ela jamais seria completa. Eu leio tarô, faço mapa astral, e lá no fundo, vejo que em todas as fases que passei em minha vida não batem com nada que saiu. Não há como prever o futuro. Se fosse assim tão simples, como explicar os casos de pessoas que partem muito cedo e muitas não chegam nem à adolescência? Como dá pra falar que existe uma pessoa certa pra todo mundo? Aliás, o melhor é realmente não saber de nada. A prova está aí em cima: no tempo que tinha realejo, e o periquito puxava o papel, e o senhor que tocava ainda falava "carimba pra moça(sic)"(com uma bicada), saíram essas pérolas que postei. Não sei se dá pra ler as previsões(que deviam ser bem antigas mesmo, pela forma que eram escritas). Mexendo em coisas velhas outro dia, caíram de um caderno. E eu dei risada. Que eu sou uma boa pessoa, isso eu sei(alguém vai falar que você é ruim? Você é sempre bom. Ruim é sempre o outro). Os outros sempre têm inveja. A gente nunca(até parece). E nada do que foi previsto deu certo. Não fui "dedicada mãe de dois anjinhos" e nem encontrei o moço de bom caráter. Se ele existiu, a essa altura do campeonato não interessa mais. Porque tudo tem um tempo certo pra acontecer. E o mundo não gira ao redor de ninguém. Cada um constrói sua própria história, que não é melhor nem pior que a dos outros. Apenas diferente.
sábado, 22 de março de 2014
Sorte tem quem acredita nela?
Quem nunca se pegou pensando em como vai ser o futuro? Dependendo da fase da vida, isso pode virar uma dúvida constante. Quando eu era adolescente, e a coisa aparentemente mais importante da vida era encontrar o grande amor da vida(a tal alma gêmea) e "constituir" uma família, a gente parecia que ia entrar em parafuso. Eu me via com 15, 16 anos, querendo saber quem ia ser o tal "príncipe encantado" que viria me salvar de todo o mal, me proteger, e a gente iria morar numa cabana no alto de uma montanha, viver um grande amor e sermos felizes para sempre. E, você vai ficando mais velha. Continua pensando nisso, mas na minha época, a gente pensava em uma carreira também. Mas, o amor continuava mais forte, o grande ideal. E era o festival de cartomantes, quiromantes. Lembro de dona Alice, uma cartomante que atendia em um porão de uma casa, na rua Conselheiro Furtado, em São Paulo(já não existe mais: foi demolido), e a gente matava aula, faltava em consulta médica, podia estar toda podre, mas dia de consulta com dona Alice era sagrado. A gente chegava cerca de 07:00h pra ser atendida às 17:00h(nem SUS, nada era igual. E ninguém reclamava). Era interessante: ela descrevia fisicamente as pessoas que estavam envolvidas na nossa vida, falava a profissão(e acertava),como família, amigos, e os eternos amores de uma forma muito clara. Só que em termos de previsão, nada funcionava. Ela sabia o que fazia: como boa cartomante que era, ela dizia exatamente o que a gente queria escutar. Você iria gostar de entrar em um lugar, pagar para ouvir o óbvio? Claro que não. E é disso que esse pessoal vive: dos sonhos e esperanças das pessoas. Não acredito em má-fé. A gente acredita no que quer acreditar, mesmo que a verdade esteja escancarada. Algumas pessoas, por insistência, conseguem o que querem. Outras, não. Aí, é sua opção. Existe destino? Talvez sim. Mas live arbítrio também faz parte do jogo. A vida não obriga você a muitas coisas(em alguns casos, não há saída mesmo, como doenças, ou morte). A vida dos outros ao nosso redor também é importante. Você não joga tudo pra cima e deixa pra trás uma pessoa doente que depende de você, pra viver sua vida. Pra mim, seria impensável. Vai passar a vida inteira se achando injustiçado pelo destino, mas você, com certeza, não seria feliz se soubesse que teve que sacrificar a vida de alguém para poder buscar sua própria felicidade. Ela jamais seria completa. Eu leio tarô, faço mapa astral, e lá no fundo, vejo que em todas as fases que passei em minha vida não batem com nada que saiu. Não há como prever o futuro. Se fosse assim tão simples, como explicar os casos de pessoas que partem muito cedo e muitas não chegam nem à adolescência? Como dá pra falar que existe uma pessoa certa pra todo mundo? Aliás, o melhor é realmente não saber de nada. A prova está aí em cima: no tempo que tinha realejo, e o periquito puxava o papel, e o senhor que tocava ainda falava "carimba pra moça(sic)"(com uma bicada), saíram essas pérolas que postei. Não sei se dá pra ler as previsões(que deviam ser bem antigas mesmo, pela forma que eram escritas). Mexendo em coisas velhas outro dia, caíram de um caderno. E eu dei risada. Que eu sou uma boa pessoa, isso eu sei(alguém vai falar que você é ruim? Você é sempre bom. Ruim é sempre o outro). Os outros sempre têm inveja. A gente nunca(até parece). E nada do que foi previsto deu certo. Não fui "dedicada mãe de dois anjinhos" e nem encontrei o moço de bom caráter. Se ele existiu, a essa altura do campeonato não interessa mais. Porque tudo tem um tempo certo pra acontecer. E o mundo não gira ao redor de ninguém. Cada um constrói sua própria história, que não é melhor nem pior que a dos outros. Apenas diferente.
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