domingo, 28 de junho de 2009
Mãe
Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
(Fernando Pessoa)
Dia 29/06, dia de despedida.
Mas você vai sempre estar comigo. Nos meus pensamentos, nos meus sonhos, no meu coração.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Ain't no Sunshine
Michael Jackson-Michael Joseph Jackson(29/08/1958)-Virgem-Gary, Indiana, EUA
Em 1972,uma música não parava de tocar em todas as rádios: "Ben". Todo mundo queria saber de quem era aquela voz linda. Fiquei encantada ao saber que se tratava de um garotinho, integrante do conjunto "Jackson 5", chamado Michael. O menino era um fenômeno. O conjunto liderou paradas durante anos. Músicas como "Music and Me", "Got to be there", "I'll be there" entre outras, foram temas de novelas(aqui no Brasil, a maior parte das novelas tinha como tema de seus casais protagonistas, músicas do Jackson 5) e embalaram festas na década de 70. Além da voz, o garoto tinha um "swing" pra dançar de fazer inveja a muito marmanjo. Esse menino sumiu por uns tempos, e voltou a cantar depois, sem os irmãos. Quando gravou "Thriller", o mundo se curvou ao talento de um gênio. Foi o álbum mais vendido de toda a história da música. Mas, tanto sucesso, acabaria levando a uma vida cheia de problemas. Mesmo com toda a controvérsia em torno de sua vida pessoal, nada vai ofuscar o grande artista. Fiquei perplexa com os noticiários de hoje, sem saber direito o que estava acontecendo. Até que veio a confirmação oficial de sua morte. A mídia constrói um ícone. Esse ícone se mantém porque tem talento. Mas a mídia também pode acabar com a vida de uma pessoa. As pessoas, em geral, têm uma necessidade de brincar de Deus. Elas criam ídolos, e ficam tão deslumbradas com a própria criação que precisam encontrar defeitos para desfazer algo que se tornou tão grande que fugiu ao controle. Então, a adoração de ontem, vira ódio e aquele ídolo precisa ser crucificado. E quando, enfim, ele é destruído, vem a frustração e todos se perguntam: quem fez tamanha atrocidade?
Fomos nós mesmos.
E assim vai continuar sendo, com novos ídolos que irão surgindo.
Fica a saudade da voz linda e do talento de um menino triste, que mudou tanto fisicamente em busca de uma beleza que ele não acreditava que tinha. Um menino frágil, que nunca quis envelhecer e acabou perdido em sua própria solidão.
Uma pena.
sábado, 13 de junho de 2009
Breathless
Aproveitando o clima "Love is in the air", com o Dia dos Namorados, deixo uma "lembrancinha" do tudo-de-bom Richard Gere, e seu mais que "caliente" beijo em Valérie Kaprisky em "Breathless", filme feito em 1983, inspirado no filme francês "Acossado"(dirigido por Jean-Luc Godard), com Jean-Paul Belmondo e a bela(e saudosa)Jean Seberg.
Afe!
Doris Day e Rock Hudson
Ela era a moça cheia de virtudes. Ele, o garanhão. Juntos, estrelaram alguns filmes entre os anos 50 e 60, como "Pillow Talk", "Send me no Flowers" e "Lover Come Back". Doris Day, a eterna donzela do cinema(Groucho Marx declarou que a conheceu antes dela ser virgem), fazia papéis da moça pra lá de comportada, com muita classe e talento. O figurino dos filmes era um espetáculo à parte. Em "Pillow Talk", ela aparece como uma decoradora bem-sucedida, sempre vestida como quem vai desfilar em uma passarela, com jóias maravilhosas. Ela possui uma extensão telefônica com um mulherengo inverterado(Hudson). Ele a vê por acaso e se faz passar por um caipira ingênuo(e rico) recém-chegado a Nova York. Ela cai de amores por ele, sem saber de quem se trata. A mesma fórmula foi usada novamente em "Lover Come Back" com Doris-Hudson novamente nos papéis principais. Agora eles são publicitários e concorrentes. Da mesma forma, ele se faz passar por um cientista ingênuo, por quem ela se apaixona, e depois descobre sua verdadeira identidade. Em "Send me no Flowers", eles estão casados(finalmente). Só que ele é um hipocondríaco inverterado. Por um mal-entendido em um consultório médico, ele passa a acreditar que está no fim de seus dias, causando uma enorme confusão. A dupla Doris Day-Rock Hudson, poderia ser um trio, com Tony Randall, que esteve nos três filmes. Ele participou de uma tentativa de recriar o estilo romântico dos anos 50: "Abaixo o Amor", com Ewan McGregor e Renée Zellweger. Foi sua última participação no cinema(faleceu logo após o lançamento do filme). Doris e Hudson formaram o casal que deu certo nas telas. Tempos cheios de charme e glamour, que não vemos mais nos dias atuais. Bons tempos!
terça-feira, 9 de junho de 2009
Beach Party
Uma série de filmes foi produzida na década de 60. Todos os filmes foram estrelados pelos queridinhos da América na época: o casal Frankie Avalon e Anette Funicello.
Títulos como "Como Rechear um Biquini Selvagem", "Praia dos Amores" entre outros fizeram parte da seqüência. Eram filmes ingênuos e a parte cômica era exclusiva da turma de delinqüentes "juvenis"(isso é que era hilário: todo mundo já estava meio passado para ser adolescente). A turma era "Ratz and Mice", cujo líder era o impagável Eric von Zipper, hilário. Ele tinha frases brilhantes como "I like you. And when Eric von Zipper likes someone dey stay liked." Desastrado por natureza, sempre chegava cheio de moral e se atrapalhava todo, principalmente quando andava de moto. Normalmente, a moto ia e ele ficava, ou vice-versa. E tinha uma característica especial: quando colocava o indicador na cabeça, travava totalmente. Aqui no Brasil, nos áureos tempo da "Sessão da Tarde" na década de 70, a série de filmes ficou conhecida como "Folias na Praia".
E minha turma em Brasília não perdia os filmes.
domingo, 7 de junho de 2009
Recuerdos de Ypacarai
Ah! O lago azul de Ypacarai(no Paraguai). Até parece que eu conheço! A beleza do lago azul, que hoje está meio marrom, cheio de coliformes fecais, já não é a mesma(aqui no Brasil, o descuidos com nossos lagos e rios não é diferente. O que tinha no Parque da Aclimação até desapareceu…).Esse lago já foi cantado em várias músicas, como Ângela Maria em "Canto Paraguaio"(… ai quem me dera nessa hora estar, no lago azul de Ypacaraí, cantar guarânias e de amor falar em guarani…) e no clássico "Recuerdos de Ypacarai(…Dónde estás ahora, cuñataí, que tu suave canto no llega a mí…). Até Caetano Veloso gravou uma versão.
Se o blog já era uma miscelânia, vai piorar.
Preparem-se para fortes emoções…
Laurel&Hardy(ou "O Gordo e o Magro")
Stan Laurel(O Magro)
Artur Stanley Jefferson(16/06/1890)-Gêmeos-Ulverston, Cumbria-Inglaterra
Oliver Hardy(O Gordo)
Oliver Norvell Hardy(18/01/1892)-Capricórnio-Harlem, Georgia-EUA
Eles são ícones da comédia do cinema. Fizeram rir gerações, principalmente aqui em casa, onde o clero(minhas tias que eram freiras) se unia aos demais para gargalhar. Uma das pessoas com quem eu mais gostava de assistir aos filmes deles era a Lourdes, que trabalhava aqui em casa. Faxina não saía, porque a gente deitava no chão, de tanto rir. Um dos episódios que ela mais gostava(não sei o título) era quando os dois iam para um campo de treinamento de soldados. Stan era soldado raso, Laurel era sargento, e o impagável James Finlayson(o do bigode, que apareceu na maioria dos filmes da dupla) era o comandante. A cena em que ele está se despedindo das "namoradas" demorou tanto que quando ele vai entrar no trem(que havia acabado de sair e ele não viu), ele acaba indo parar nos trilhos.
O hilário "Sugar Daddies"(com Finlayson novamente, fugindo do furioso irmão de sua namorada, que queria obrigá-lo a casar). Para tentar escapar, eles resolvem se "disfarçar"(sempre das maneiras mais absurdas). Stan(com uma peruca loira), sobe nos ombros de Finlayson, e colocam um vestido enorme. Difícil era equilibrar as duas partes.
Ficou uma senhora enorme, magra em cima e gorda em baixo. Hardy era o noivo da aberração. Quando eles vão fugir do hotel em que estão, dão de cara com o irmão da moça. Hardy apresenta a "moça" como "minha esposinha alemã". O moço fica desconfiado e resolve seguir o estranho casal. A cena onde eles dançam é hilária, e eles terminam sendo seguidos pela polícia, pela família da noiva e vão parar num parque de diversões, com direito a tobogã e tudo mais. São vários filmes, e tenho que elogiar a dublagem nacional(fica melhor a dublagem que as vozes originais). Principalmente no filme "Flying Elephants". Eles estão na Idade da Pedra. A cena de um casamento pré-histórico, realizada por Pai Valério, tinha um estranho ritual onde os noivos batiam palmas com o sacerdote, cantando "escravos de Jó, jogavam caxangá". Com certeza, foi invenção do tradutor. Mas ficou ótimo. Na chamada vida real, Stan foi casado diversas vezes. Dizem que a dupla brigava muito, mas quando Oliver morreu, ele ficou devastado e se afastou de vez do cinema. Stan morreu pouco tempo depois, de ataque cardíaco. Tudo acaba. Mas eles serão eternamente os "Reis da Comédia".
Lucille Ball
19.4.09
Lucille Desirée Ball(06/08/1911)-Leão-Jamestown-New York-EUA
Ela é a maior atriz cômica de todos os tempos. Ela já fez papéis mais "sérios" no cinema, como em "Mame" e "Os Meus, os Seus e os Nossos", ao lado do grande Henry Fonda para o cinema, mas o seu forte sempre foi comédia. Ela foi uma das centenas de atrizes que concorreram ao clássico papel de Scarlett O’Hara em "E o Vento Levou". Mas fica meio difícil imaginá-la num papel como o de Scarlett. Foi vencedora inúmeras vezes do Emmy, com a série "I Love Lucy", que a consagrou e marcou para sempre com o papel de Lucy Ricardo, onde contracenava com seu marido, o músico cubano Desi Arnaz e com outra grande atriz cômica, Vivian Vance, mais conhecida como Ethel, sua vizinha, amiga e cúmplice em todas as encrencas em que se metia. São vários os episódios da série em que eu e minha mãe rolávamos de rir, como no que ela arrumou um emprego de embaladora de bombons numa fábrica. Ela e Ethel, sem experiência em nada, detonaram a fábrica, numa cena antológica em que, sem conseguir embalar nada, elas enfiavam os bombons onde dava(na boca, no sutiã, no chapéu…). Ela contracenou até com John Wayne, onde acabou roubando o pedaço do piso da Galeria da Fama, em Hollywood, onde estavam marcados no cimento, os pés de seu ídolo.
Mas, o episódio mais engraçado, para mim, foi "Opereta" onde ela interpreta uma cigana numa peça de teatro para angariar fundos(pra ela mesma). Ela queria ser a estrela, e não admitia que ninguém aparecesse mais do que ela. Ela cantando é de lascar. Uma figura para ficar pra sempre.
Seu Creysson, a foto dela em close(closiu), vai especialmente pro senhor. Lindia por dimais!
Jerry Lewis
5.4.09
Joseph Levitch(16/03/1926)-Peixes-Newark-New Jersey-EUA
Em 1974(aproximadamente), a rede Globo iniciou uma programação de filmes chamada "Sessão da Tarde". Eu morava em Brasília, e a gente só interrompia as brincadeiras na quadra para assistir os filmes. O campeão de gargalhadas e preferido da maioria, com certeza, era Jerry Lewis. Com seu estilo peculiar, que foi adotado por muitos humoristas depois(como Jim Carrey), cheio de caras e bocas e muito "non sense", ele fez da comédia mais sofisticada uma ponte para o popular. Captar todos os detalhes de seus filmes não era algo muito fácil. Como em "O Terror das Mulheres", como Herbert H. Hibert, o rapaz tímido e desiludido, que toma horror às mulheres depois de sofrer uma desilusão amorosa na sua festa de formatura. A cena é hilária(ele interpreta a própria mãe, horrível por sinal) e acaba, ironicamente, trabalhando em um pensionato só para moças, da cantora de ópera aposentada sra. Wellenmellow. As seqüências, como a em que ele atende a porta para o namorado de uma das moças(o mafioso chamado Willard A. Gainsborough- o A. é de assassino), são de rachar o bico. "O Professor Aloprado", "O Bagunceiro Arrumadinho", "O Otário", e os filmes em que contracenou com Dean Martin, foram filmes memoráveis. Este ano, ele recebeu um Oscar especial, por filantropia. Os críticos americanos sempre esnobaram Jerry Lewis. Lamentável. Acho que ele foi um dos melhores atores especializados em comédia de todos os tempos.
sábado, 6 de junho de 2009
Romeu e Julieta(de novo)
Esta foto foi "garimpada" com extrema dificuldade. Ela é de uma edição da revista "Ele Ela" de 1972.
Esta, foi de uma edição de 1969 da revista Manchete.
Achei essa montagem no You Tube, da versão do filme "Romeu e Julieta"(1968), dirigido por Franco Zeffirelli, do canal de Kimagure, que deve ser mais fanática do que eu. Ficou lindo(não tenho esse talento mesmo).
terça-feira, 2 de junho de 2009
Infância
Nasci em São Paulo, capital, e sempre morei no bairro da Aclimação, em ruas diferentes. Comecei a cantar antes de falar(assim contavam minha mãe e minha avó). Aos 10 meses, já falava(e não parei até hoje) a ponto das pessoas levarem susto (como uma coisa tão pequena falava tanto e o vocabulário não era curto). Aos três anos, já estava lendo. Aos cinco, sabia todas as capitais de todos os países do planeta(coisa que agora não lembro nem a pau). Entrei no jardim de infância já alfabetizada(era pequena demais para ir para uma escola "normal"). Na época, não existia esse negócio de criança superdotada. Ainda mais uma menina. Achavam que era frescura. Acho até que foi bom. Eu era uma criança muito sozinha. Como não tinha irmãos, tinha que me virar sozinha para brincar e inventar o que fazer. Lia muito, adorava música, e parecia um papagaio, já que decorava as músicas do jeito que eu entendia, principalmente as estrangeiras. Cantava qualquer idioma. Só não sabia o significado e nem se estava falando certo. Ouvia muita música clássica, como Chopin, Mozart e Beethoven. Minha mãe tocava piano, minha avó, mãe dela, era pianista e professora de piano(minha avó encarava qualquer teclado. Aqueles órgãos de igreja, com todo aquele aparato, ela tirava de letra.). De música "popular" só havia Edith Piaf(que minha mãe adorava), Glenn Miller, Liberace(pasmem!) e Yma Sumac(conhecida como rouxinol sei-lá-de-onde. Ela era peruana e a voz alcançava não sei quantas oitavas acima do normal. Acho que só cachorro conseguia escutar. Eu achava de lascar, mas ela era um fenômeno na época). Um dia, ganhei um radinho da marca National(que viraria Panasonic mais tarde) e passava o dia todo ouvindo uns rapazes que estavam fazendo sucesso com "She loves you".(eu entendia "xílóziu"). Eu adorava, dançava, cantava. Mais tarde, saberia que se tratava dos Beatles. Adorava Roberto Carlos(Eu te darei o céu meu bem) e a Jovem Guarda. Meu sonho era casar com Wanderley Cardoso. Fiquei muito triste quando soube que ele estava namorando a Vanusa(tudo ficou acabado entre nós. Não queria mais casar com ele). Visita em casa sofria. Sempre eu dançava alguma coreografia de minha autoria(sacodia a cabeça até ficar tonta-maior "headbanger") e o povo morria de rir. E cantava também(ninguém saia de casa sem um show). Na época o meu "tema" era a música francesa "L’amour est bleu". A minha pronúncia estava mais para japonês do que para francês, mas o pessoal adorava. Afinal, eu tinha uns quatro anos. Assim que entrei na primeira escola(jardim), me perguntaram o meu apelido. Como eu não sabia o que era, respondi bem séria: "Salerno". A menina que perguntou, me olhou espantada e disse "credo, que apelido esquisito". Eu achava que era meu sobrenome, e em espanhol, apelido é sobrenome mesmo. Só que eu não sou espanhola e nem sei de onde tirei aquilo. Apareci em alguns programas na tv(que era ao vivo). Um deles, foi com o finado Airton Rodrigues(que apresentava "Almoço com as estrelas" junto com Lolita Rodrigues, sua esposa na época). O programa se chamava "Chá com as bonecas". E minha aparição foi hilária(pena que não tinha videocassete na época. Gostaram tanto, que acabei recebendo convites para testes em novelas na época e comerciais. Minha mãe não gostou da idéia(mais tarde, eu viria a saber o porquê). E minha carreira artística foi encerrada antes de começar.
Estórias infantis.
21.7.08
Eu tinha todas as coleções de discos de estórias que existiam. Desde as mais antigas, em 45 rpm(que quebravam) até a coleção da Disney lançada pela editora Abril na época. Não ligava muito para negócio de princesa. O que eu gostava era de magia e coisas diferentes. Minhas estórias preferidas eram "Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carroll(também nasceu em 27 de janeiro, como eu. Dá pra entender.) e Mary Poppins(esse negócio de voar de guarda-chuva, fazer desenhos na calçada e pular dentro era demais!).Outra que eu ouvia, mas chorava feito um bezerro desmamado era "O gigante egoísta", em disco compacto, lançado pela Bloch Editora. Aliás, choro até hoje. Só depois de adulta, fui descobrir que era um conto de Oscar Wilde.
Se alguém tiver a oportunidade, leia. É emocionante.
Não sou Carol Anne, mas entrei no mundo televisivo
22.7.08
Televisão era artigo raro na minha época. Era o tempo da "Tv à lenha". Havia toda uma parafernália para poder ligar. Se você queria assistir a um programa, tinha que ligar a televisão pelo menos uns 5 minutos antes para a televisão "esquentar". Como era à válvula, demorava até aparecer algum sinal. Tinha também um estabilizador de voltagem, e se você esquecia de ligar, seu televisor certamente iria pifar. Fora as lutas com ajustes de imagens(ficavam passando listras verticais). A recepção não era muito boa. Ficar mudando antena de posição era uma constante, e como não havia tv em cores, a gente colocava um papel colorido(3 cores). Um parte da tv ficava amarela, outra azul e outra vermelha. Coisa de pobre mesmo. Eu via o Francisco Cuoco colorido, só que em 3 partes. As novelas faziam sucesso. Quando eu era pequena, o grande sucesso era o "Direito de Nascer", da cubana Glória Magadan. Minha mãe e minha vó choravam com o dramalhão. Eu não entendia nada porque era muito pequena. Só fui entender alguma coisa de novela com "As pupilas do senhor reitor" e "Sangue do meu sangue"(com Francisco Cuoco e Fernanda Montenegro no elenco. No mais, o que gostava de ver eram os desenhos e as séries(que chegavam mais do que atrasadas no país). Até hoje, a televisão é o meio de comunicação mais poderoso que já inventaram. Da válvula para a Tv de Plasma, são mais de 50 anos.
Um site completo sobre o tema "novelas":
www.teledramaturgia.com.br
Desenhos pra lá de animados
22.7.08
Sinceramente, os desenhos da minha época(década de 60) eram infinitamente melhores do que os de hoje. As estórias era muito bem boladas. Muito marmanjo se divertia e se diverte até hoje com Pernalonga e cia., Tom e Jerry, Patolino, etc.. Esses já eram desenhos mais antigos. Pernalonga teve início nos anos 40 e Tom e Jerry, na década de 50. Para ver como os criadores eram geniais. No meu tempo, o que imperava eram os desenhos de William Hanna e Joseph Barbera. E mesmo com tanto tempo passado, eles continuam atuais.
Tudo era ótimo naquela época. A turma aí de cima comprova. Faltou a "Corrida Maluca", "Manda-chuva", e fora a turma do "Looney Tunes", os mais hilários personagens já criados para desenho. O meu preferido é o Pernalonga. Existem clássico com com ele e o Hortelino troca-letras baseado na ópera de Wagner "O anel dos Nibelungos"(que era um trecho da ópera), o laboratório do cientista louco onde eles cheiraram éter e tudo ficou mais lento, a bruxa que queria fazer sopa do Pernalonga, e muitos episódios para rir até cansar.
Séries de TV
Séries de TV
A paixão que dura até hoje, começou aos 5 anos. Minha série preferida na época era "Perdidos no Espaço"(minha mãe e minha vó adoravam também, por causa do encrenqueiro dr. Smith). Um episódio em especial me marcou para sempre: "My friend, mr. Nobody". A trilha de John Williams ficou na memória(mais tarde, ele viria a compor todas as trilhas de Spielberg). Gostava também das séries em que a magia era o tema: "Jeannie é um gênio" e "A Feiticeira". E uma família peculiar era a minha favorita: "Os Monstros". Nada como ter uma família onde Frankenstein(Herman) era o pai, a mãe(Lilly) era uma vampira, o avô era igualmente vampiro(e conde) e o filho era lobisomem. Os animais de estimação eram Igor, o morcego, e Carranca, o dragão que ficava no porão. Não sei quem veio antes: eles ou a "Família Addams". Mesmo assim, gostava mais dos "Monstros". Mas, na época, as séries repetiam muito(coisa que quase não acontece hoje, né? Vide tv a cabo, que a gente paga e tem série que não sai da primeira temporada), alguns episódios nunca chegaram a passar aqui no Brasil, e as séries tinham a transmissão interrompida sem aviso prévio(também não acontece hoje em dia). Graças a grande invenção chamada DVD, hoje eu tenho tudo isso em casa e assisto sempre que me dá saudade. Mágico!
E o tempo foi passando...
1969, transmissão ao vivo da chegada do homem à lua. Eu tinha 6 anos e estava morrendo de sono. A imagem era péssima e minha vó perdeu a fé em tudo, já que, pra ela, São Jorge morava lá. Veio a década de 70, as séries foram mudando, e já não tinham a mesma graça. Gostava de "Tarzan"(com Ron Elly), "Banana Split" e a que era feita com chimpanzés, "Lancelot Link"(não sei como eles conseguiam gravar aquilo). Tinha também "Thunderbirds"(os bonecos no espaço) e "Nacional Kid"(japonesa-tinha pavor dos Incas Venusianos).Comecei a ver séries mais "adultas" como "Missão Impossível"(e levava uma bronca da minha mãe para ir dormir) e "Além da Imaginação"(que era antiga). Mas, como era pequena, meu negócio eram as séries cômicas.
Um desenho especial
23.7.08 Minha estória predileta era "Alice no País das Maravilhas". E essa versão da Hanna-Barbera para TV, me deixou encantada. O título em inglês era; "What’s a nice kid like you doing in a place like this?". No original, em inglês, Sammy Davis Jr. dublava o gato. Nessa época, também passou uma desenho já antigo, mas para mim era novidade: Mr. Magoo e as 1001 noites árabes, onde ele era Azziz Magoo, tio de Aladdin, que se apaixonou pela princesa Yasminda. Fofo demais.
Meu primeiro amor foi o próprio amor
23.7.08
Domingo, o programa era cinema. Naquela época, as salas de cinema eram ótimas, e nada como ver um filme em tela grande. Vi quase todos os desenhos da Disney na época, como "A Dama e o Vagabundo", "Bambi", "Dumbo" e aí por diante. O primeiro filme em que realmente me diverti em assistir foi "Se meu fusca falasse".
Naquela época, início da década de 70, uma música me chamou a atenção. O nome era "A time for us". Foi gravada em diversas versões(até Agnaldo Rayol gravou uma que dizia mais ou menos isso "..deve existir, algum lugar, só para nós…". De lascar). A melodia era linda e descobri que era tema de um filme chamado "Romeu e Julieta". Só que o filme era proibido para menores de 16 anos. Eu tinha sete.
O tempo passou, e pouco depois que mudamos para Brasília, o filme entrou em cartaz novamente. Eu tinha 11 anos e a censura havia baixado para 14. Não ia perder aquela chance de jeito nenhum. Com um "jeitinho", consegui entrar no cinema. Para mim aquela era uma grande aventura. Entrar num filme "proibido" e num filme de romance. Foi amor à primeira vista. Nunca tinha visto um casal tão lindo(Leonard Whiting e Olivia Hussey). A fotografia era deslumbrante(ganhou um Oscar na época) e a trilha sonora de Nino Rota, um sonho. Perdi a conta de quantas vezes assisti esse filme.
Para mim, foi a melhor adaptação do mais famoso(e popular) clássico de Shakespeare para o cinema. O diretor foi o italiano Franco Zeffirelli.
Eu tinha pôsteres, recortava e colecionava quase tudo relacionado ao filme. Saiu em VHS e comprei. Quando surgiu o DVD e eu comprei o aparelho, adivinha qual foi o primeiro filme que adquiri? Tive que comprar importado(aqui no Brasil não havia sido lançado) e comprei também a trilha sonora, importada da Inglaterra. Cara, mas valeu a pena.
Foi o filme mais marcante de toda minha vida. Uma linda história, e como toda grande história de amor, o final é trágico.
E como já cantou Djavan:
"…amor, e o que é o sofrer, para mim que estou, jurado pra morrer de amor."
Dois do mesmo e Pantaleão
7.8.08
Dois filmes especiais. Curiosamente, ambos do mesmo diretor: o mexicano Alfonso Cuarón. Comecei a me interessar por cinema latino, depois de assistir ao espanhol Pedro Almodóvar. E os latinos seguem uma linha mais passional.
Mesmo em um filme como "Grandes Esperanças", baseado na obra de Charles Dieckens, com Gwyneth Paltrow e Ethan Hawke, com todo o lirismo e leveza, Cuarón dá um toque da paixão. Interessante a divisão dos personagens. Todos usam várias roupas em tons verde em todo o filme. Menos o personagem de Robert de Niro(que seria o vilão). A cena em que Estella(Gwyneth Paltrow) beija Finn(Ethan Hawke) pela primeira vez, para mim é uma das mais sensuais que já vi. Ele, e sua paixão reprimida. Ela, e sua frieza quase glacial, que provoca e sai, deixando o pobre completamente atordoado. Ao fundo, "Sunshower" interpretada por Chris Cornell(ô voz que esse cara tem!). Bonito!
O outro filme, que ouvi falar muito, e não dei bola, mas depois que assisti fiquei impressionada foi "E sua mãe também"(Y tu mamá también) dirigido, também, por Cuarón. Um filme de adolescentes completamente diferente. Forte, sem aquela babaquice americana, conta a história de dois amigos que acabam se envolvendo numa aventura com uma mulher mais velha, Luísa(Maribel Verdú), casada com um primo de Tenoch(Diego Luna). Ele e seu amigo, Julio(Gael Garcia Bernal), partem numa viagem de aventura com Luísa, para "Boca del Cielo", uma praia que, provavelmente, nem existia. O objetivo dos dois seria uma aventura com uma mulher mais experiente. Mas, a trama toma um rumo inesperado e tem um final surpreendente que marcaria a vida dos dois amigos para sempre.
Um outro filme, muito interessante, baseado na obra de Mario Vargas Llosa é "Pantaleão e as visitadoras"(dirigido por Francisco J. Lombardi). É a história de um militar, Pantaleão, incumbido pelo exército de criar uma "força de entretenimento" para os militares na selva, recrutando prostitutas, com uma organização e logística de fazer inveja a muito general. Don Panta(Salvador del Solar), homem casado, extremamente disciplinado, militar exemplar, cai de quatro por uma das prostitutas, Colombiana(Angie Cepeda) e vive com ela um tórrido caso de amor(as cenas são quentes mesmo). Peculiar.
Carly Simon
7.8.08
Carly Simon-25/06/1945(Câncer)- Nova York- EUA
A primeira cantora que realmente me chamou a atenção foi Carly Simon. Eu tinha 10 anos e morava em Brasília, quando ouvi pela primeira vez "You’re so vain". O álbum era "No Secrets".O disco foi trazido dos EUA por um amigo do meu primo. O nome dele era Renée e ele era holandês. Ele trouxe um monte de novidades. E eu achei a voz dela o máximo. Ninguém a conhecia aqui no Brasil. Uma vez, cheguei a pedir numa rádio em Brasília para tocar uma música dela, e colocaram Paul Simon. Timbre de voz raro, o que me chamou a atenção foi a beleza das melodias. Com o tempo, fui conhecendo as letras e entendendo. Sei que eu era muito nova para ter a Carly Simon como minha cantora preferida. Mas, para mim, ela é a melhor.
O que me chama a atenção em uma cantora, além da voz, é o fato dela compor, tocar vários instrumentos. São poucas que tem esse dom. Tudo começou com Carly. E outras vieram depois. Ganhei de aniversário da minha tia Sylvinha, quando fiz 11 anos, o álbum "Hotcakes". Nesse tempo ela estava esperando um filho do cantor James Taylor. As músicas são lindas, como "Forever my love". Depois, veio a fase pop, e perdi um pouco o interesse. Gostava mais dela no período "hippie". Mas, para mim, ainda é a melhor cantora que já ouvi.
Abaixo, o clássico dos clássicos: "You're so vain".
Loreena McKennitt
13.8.09
17/02/1957(Aquário)-Monden, Manitoba-Canadá
Lá pelos idos de 1992, estava ouvindo a rádio Eldorado, quando escutei uma música deslumbrante. Pensei, caramba, quem é essa mulher? Um dia, estava em um shopping, quando ouvi uma melodia familiar. Entrei na loja correndo, na hora que o vendedor ia trocar o CD e gritei "Pelo amor, meu filho, pára tudo. De quem é essa música?". Descobri que a música era "All Souls Night" e a cantora era Loreena McKennitt. A música dela é uma mistura de música celta(e árabe também). Ela é aquele tipo de cantora que eu mais admiro: canta, compõe e toca vários instrumentos. Tenho todos os CDs lançados no Brasil. Minha mãe também adorava quando escutava as músicas dela. É um tipo de música diferente, para meditar e sonhar. Uma outra esfera.
Segue abaixo, "All Souls Night". Divina.
Michelle Branch
21.8.08
Michelle Branch-02/07/1983(Câncer)-Phoenix, Arizona. EUA
Da nova geração, para mim, uma das melhores cantoras é Michelle Branch. Ficou difícil tirar da cabeça o hit "The Game of Love" que ela gravou com Carlos Santana. Ela é muito jovem, mas é uma dessas raridades que aparecem. Gosto do estilo, das músicas. Ela também compõe e toca. Acho que música é uma coisa atemporal. Parece mais música para adolescente, mas eu gosto. Essa moça é especial. O cd "Hotel Paper" é uma mostra desse talento. Gosto, especialmente de "’Til I Get Over You", em que uma parte do refrão é em francês. Agora ela formou uma dupla "The Wreckers", com Jessica Harp, mas ainda prefiro a fase solo. Para românticos em geral.
Mas fica aqui, "The Wreckers" com "Leave the Pieces".
Sheryl Crow
21.8.08
Sheryl Crow- 11/02/1962(Aquário)- Kenett, Missouri, EUA
Ela fazia backing vocal para Michael Jackson. Depois, tomou seu próprio rumo. Dona de uma voz diferente, grande compositora, toca de tudo também. Desde violão, guitarra, teclado, gaita, etc. Descobri a moça na trilha sonora da série "Arquivo X", cantando "On the Outside". Gostei demais. Ela estourou nas paradas aqui no Brasil com "If it Makes You Happy". Não é para qualquer ouvido. Muita gente não gosta. Mas eu tenho uma profunda admiração por ela. Uma das minhas músicas preferidas é "My Favorite Mistake". Influência country com rock, ela gravou com um monte de gente, como Lenny Kravitz, Stevie Nicks(do Fleetwood Mac), tocou com Eric Clapton(adivinhem o quê: Little Wing!). Até Gwyneth Paltrow participou da gravação de uma faixa do cd "C’Mon, C’Mon" chamada "It’s Only Love"(bonita, por sinal). Ela entrou num período complicado. Teve câncer de mama, mas acabou se recuperando. Uma mulher de fibra.
Shakira
22.8.08
Shakira Isabel Mebarak Ripoll-02/02/1977(Aquário)-Barranquilla, Colômbia
Talvez o maior fenômeno latino da música surgido nos últimos tempos. No começo, achava a voz dela meio estranha. Mas, de repente, ela gravou "Ojos Asi" e mudei totalmente de opinião. Adoro a música e vi que a moça tinha talento para dar e vender. Aí, ela pintou os cabelos de loiro e gravou "Laundry Service", primeiro CD em inglês e espanhol. "Objection" estourou e aí ninguém mais segurou essa mulher. Ela canta, compõe, toca instrumentos e, pra completar, dança demais. Mesmo com toda a ginga, a moça não cai na vulgaridade. Ela pode rebolar até dizer chega, porque tem um estilo que nenhuma outra cantora tem. Atualmente, me derreto escutando "No". É uma música linda, e o DVD "Oral Fixation Tour" tem uma interpretação dessa música simplesmente comovente. De Barranquilla para o mundo.
Milton Nascimento
Milton Nascimento-26/10/1942(Escorpião)-Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Ele é dono de uma das mais belas vozes do mundo. Tentar acompanhá-lo em suas interpretações, é como andar de montanha-russa. Ele vai do timbre mais grave ao mais agudo como se fosse a coisa mais natural que existisse. Cantar com a alma e com paixão é sua característica. Grande compositor, suas músicas deixam a gente num estado meio diferente. Minha mãe se emocionava com ele, e aqui em casa, ouvir suas músicas era ficar em transe temporário. Dá para listar? Fica difícil. "Travessia", "Cio da Terra", "O que será?", "Cálice", "Ânima", "Caçador de mim", "Canção da América","Coração Civil"….Interminável. E "Volver a los 17", com Mercedes Sosa(outra maravilha) é para ouvir em absoluto silêncio e absorver cada palavra. Meu coração fica abalado quando ouço a interpretação de "Beatriz"(Edu Lobo) por Milton. Ele "incorporou" a letra e canta de uma maneira que nenhum interpréte conseguiria. A música é linda demais(uma das minhas preferidas).
Ele é simplesmente abençoado.
Zizi Possi
Maria Izildinha Possi(28/03/1956)-Áries-São Paulo,SP, Brasil
"Pedaço de Mim" foi a primeira interpretação que ouvi de Zizi Possi. Ela fazia um dueto com Chico Buarque e achei a voz dela maravilhosa. Era aquela coisa suave e aveludada. Uma grande cantora e intérprete. Depois, ela estourou com "Asa Morena", "Perigo", "Nunca"(Lupicínio Rodrigues), vários outros sucessos e acabou gravando em italiano("Per Amore"). Ela também fez uma interpretação linda da música de Herbert Vianna "Meu Erro". Uma voz sofisticada, afinadíssima como poucas e uma verdadeira delícia de escutar.
Uma das grandes da MPB.
Fafá de Belém
Maria de Fátima Palha de Figueiredo(10/08/1956)-Leão-Belém-PA, Brasil
Ela parecia um furacão quando a vi pela primeira vez na TV, cantando "Filho da Bahia", sucesso da novela "Gabriela" na época. Me identifiquei, porque, pela primeira vez, uma cantora considerada "gordinha" era chamada de sexy. Uma amiga de minha mãe dizia que eu parecia com ela(maior honra, mas não temos nada a ver- só se for o tamanho do peito-e a mania de dar gargalhada). Vozeirão, mulher com aparência de forte, de fibra e de postura determinada, Fafá de Belém emana uma energia imensa. Parece que nada segura essa mulher. A não ser o coração.
Cantora das "Direta Já", gosto dela na fase "Pauapixuna"(bem raiz). Uma mulher com a sensualidade agreste, pé-no-chão.
Ela emociona cantando "Menestrel das Alagoas", "Bilhete", "Foi Assim".
Mas a música perfeita para ela foi a que Milton Nascimento compôs:
"…Eu nasci, para ter, um amor forte
sereno, bonito, gostoso, um homem bom"…
(Sedução-Milton Nascimento- Fernando Brant)
Tim Maia
14.10.08
Sebastião Rodrigues Maia(28/09/1942)-Libra-Rio de Janeiro, RJ-Brasil
Polêmico, cheio de histórias, hilário. Vozeirão inconfundível, divino. Não tem como não dançar com "Gostava tanto de você", "Não Quero Dinheiro(Só Quero Amar)", "Coroné Antônio Bento" e como não sonhar com "Primavera", "Você", "Azul da cor do Mar" e a linda "Eu amo você".
Outro dia, assisti a um especial com ele na MTV e chorei de rir com as histórias, como o relato de um regime que ele fez. Ele disse que ficou comendo alface e tomando água. Todo dia era alface e água. E em duas semanas ele perdeu 14 dias…
Pensar que ele começou com Roberto e Erasmo(aliás, eles começaram com ele e foram esnobados. Tim Maia achava o Roberto Carlos"meio devagar"). O Roberto Carlos gravou uma música dele(Não vou Ficar)que estourou nas paradas e aí ele viu que o cara era bom.
Coisas de Tim Maia…
Alceu Valença
Alceu de Paiva Valença(01/07/1946)-Câncer-São Bento do Una,PE-Brasil
Dance sem parar. É como uma chuva de alegria, numa tarde de sol. Os pés não conseguem ficar quietos. "Sete Desejos", "Bicho Maluco Beleza", "Coração Bobo", "Anunciação", "La Belle de Jour", "Rouge Carmim"…
Alceu Valença é sinônimo de festa. Ele sozinho corresponde a um trio elétrico. Show dele é para derrubar. Não recomendo para pessoas muito agitadas. A não que ser que você queira perder totalmente o seu eixo.
Genial, contagiante.
"…eu sou o Véio quiabo, camaleão das foiage. Carrego as moça no bolso e as véia na pabulage"…(domínio público-texto do Pastoril)
Almir Sater
14.10.08
Almir Eduardo Melke Sater(15/11/1956)-Escorpião-Campo Grande, MS-Brasil
Vi esse moço pela primeira vez tocando violão no grupo "Vozes e Violas" ao lado da cantora Diana Pequeno(por onde andas?).
A primeira coisa que me chamou a atenção foi a beleza do rapaz. Ele começou a aparecer no programa "Som Brasil"(só ele para me fazer acordar cedo no domingo) e fiquei fã das músicas. O primeiro LP(vinil) que comprei foi "Doma", que tinha "Trem do Pantanal", "Varandas" e a linda "Doma"(instrumental). Ele canta e encanta. Toca viola como se realmente tivesse um pacto com alguma coisa além(do bem).
Fui a um show dele em 1986. Ele estava ao lado de Renato Teixeira, outro ícone da MPB. no Teatro Caetano de Campos, São Paulo. Ele havia lançado o disco "Cria" e eu, resolvi que queria um autógrafo. Minha amiga perguntou se eu havia pirado e eu disse que o máximo que podia acontecer era ouvir um "não". Tive que passar por uma fila de "seguidoras"(pareciam discípulas do conde Drácula). Uma delas indagou quem eu era(jornalista talvez?) e eu respondi que eu era apenas eu e que ia pedir um autógrafo. Ela disse que duvidava e eu passei assim mesmo(ô dificuldade). Vi o maestro Zé Gomes, grande músico, e como ele parecia ser o mais simpático de todos, perguntei se poderia pedir para o Almir autografar o disco. Ele o chamou, meu coração foi na testa e quando eu vi estava entre paralisada e muda. Acho que todo o alfabeto fugiu do meu cérebro. Eu não conseguia articular uma sílaba. Pensei "reaja idiota" e aí, consegui pedir para ele assinar o disco. A coisa complicou, porque uma das pessoas que estava no "camarim" pegou o disco e saiu mostrando para todo mundo. Eu pensei, pronto, lá se foi o disco. Minha amiga estava impaciente. Naquele tempo, a gente tinha horário para chegar em casa e ela estava com medo de levar bronca do pai. Eu queria dar uma bifa na testa dela, mas tinha que manter a compostura. Depois de alguns apelos meus, o disco voltou. Ele perguntou meu nome, eu disse, ele escreveu uma dedicatória e como a brilhante aqui não consegue ficar sem falar uma besteira, falei que era "astróloga" e que queria os dados dele para fazer um mapa astral. Ele disse que já tinham feito, que o ascendente era Escorpião(sabia!) e eu insisti e disse que ia fazer um novo(??!!). Não sei pra quê: eu nem sabia fazer mapa naquela época. Vim aprender algum tempo depois. A data que ele me deu não é a mesma que aparece nas biografias por aí. Mas foi o que ele disse. Só sei dizer que nunca vi um homem tão bonito na minha vida. E dei sorte, porque ele foi gentil. Parecia um príncipe. Olhar misterioso, esverdeado. Acho que sonhei por um minuto. Depois, voltei à boa e velha realidade. Não tive coragem de dar um beijo no rosto dele. Achei que seria uma blasfêmia. Um aperto de mão tava bom demais. Ele é desses homens especiais que a gente percebe de cara. A mulher dele, Paula, com certeza(com todo respeito) ganhou na loteria. E ele também, porque ela também é muito especial. Eles têm um projeto lindo no Pantanal, de preservação e educação para as crianças da região. Isso é que é encontrar a alma gêmea.
Ele é um grande compositor e intérprete. Meu carinho fica com "Caminhos me levem", "Varandas", "Água que correu" e a mais que consagrada "Tocando em frente"(parceria com Renato Teixeira).
O último CD, "7 Sinais" é lindo.
Ele é uma bênção dos céus.
Rodolfo Valentino
1.11.08
Rodolfo Alfonzo Raffaello Pierre Filibert Guglielmi di Valentina d’Antonguella(afe Maria! É muito nome dentro de um mesmo ser).06/08/1895-Leão-Castellanete-Itália.
Vou agora entrar numa área "restrita" ao mundo feminino:homens bonitos. Bom, gosto é algo pessoal. Mas, vou fazer uma lista daqueles, que para mim, bambeiam as pernas e chacoalham o coração. O primeiro citado é uma homenagem à minha mãe, que era fã do dito: Rodolfo Valentino. Eu acho meio engraçado. Homem de sobrancelha feita fica estranho. Mas a mulherada pirava com o cidadão(era sabido que a ala masculina também aprovava). Pois é. O mundo está confuso, ninguém sabe quem é o que, mas isso pouco interessa.
Outro que ela admirava era Robert Taylor. O bonitão de olhos azuis, astro de filmes como "A Ponte de Waterloo", era outro que abalava os alicerces na época. Minha mãe sempre falava dele como "que homem bonito. Tinha os cabelos ligeiramente ondulados". Eu dava risada com o tipo "brilhantina", mas cada época tem um padrão. Por isso, beleza é algo muito relativo. E pessoal.
Tyrone Power
Tyrone Edmund Power Jr(05/05/1914)-Touro-Cincinatti, Ohio, EUA
Eu e minha mãe tínhamos esse em comum. Para mim, ele é o clássico tipo de beleza. Traços bonitos, olhar penetrante. Galã que fazia sucesso como latino em geral(ele também foi "Zorro"), "gamei nele" no filme "Capitão de Castela". E também em "Sangue a Areia"(curiosamente, Rodolfo Valentino também intepretou o mesmo papel), como o toureiro que perdia a cabeça por Rita Hayworth. Esse filme também devia se chamar "Todo castigo pra corno é pouco". Aliás, bem feito!(no filme, né!). Ele encarnou o típico homem que a gente sempre encontra na vida até hoje. O tonto que tem uma mulher que o ama, que é capaz de dar a vida por ele, toda correta, mas ele vai olhar para a quenga do lado, a boazuda sem caráter, e que derruba o cidadão na sarjeta. Troféu "Peruca de Touro" pra essa turma. Adoro o final, quando o ele leva uma chifrada e acaba morrendo.Aliás, ele foi chifrado em todos os sentidos, literalmente. Muito touro no mesmo tema. Quem ficou do lado segurando a mão e rezando? A tonta da esposa.
Personagem à parte, ele era bonito demais.
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