terça-feira, 2 de junho de 2009

Almir Sater


14.10.08
Almir Eduardo Melke Sater(15/11/1956)-Escorpião-Campo Grande, MS-Brasil
Vi esse moço pela primeira vez tocando violão no grupo "Vozes e Violas" ao lado da cantora Diana Pequeno(por onde andas?).

A primeira coisa que me chamou a atenção foi a beleza do rapaz. Ele começou a aparecer no programa "Som Brasil"(só ele para me fazer acordar cedo no domingo) e fiquei fã das músicas. O primeiro LP(vinil) que comprei foi "Doma", que tinha "Trem do Pantanal", "Varandas" e a linda "Doma"(instrumental). Ele canta e encanta. Toca viola como se realmente tivesse um pacto com alguma coisa além(do bem).

Fui a um show dele em 1986. Ele estava ao lado de Renato Teixeira, outro ícone da MPB. no Teatro Caetano de Campos, São Paulo. Ele havia lançado o disco "Cria" e eu, resolvi que queria um autógrafo. Minha amiga perguntou se eu havia pirado e eu disse que o máximo que podia acontecer era ouvir um "não". Tive que passar por uma fila de "seguidoras"(pareciam discípulas do conde Drácula). Uma delas indagou quem eu era(jornalista talvez?) e eu respondi que eu era apenas eu e que ia pedir um autógrafo. Ela disse que duvidava e eu passei assim mesmo(ô dificuldade). Vi o maestro Zé Gomes, grande músico, e como ele parecia ser o mais simpático de todos, perguntei se poderia pedir para o Almir autografar o disco. Ele o chamou, meu coração foi na testa e quando eu vi estava entre paralisada e muda. Acho que todo o alfabeto fugiu do meu cérebro. Eu não conseguia articular uma sílaba. Pensei "reaja idiota" e aí, consegui pedir para ele assinar o disco. A coisa complicou, porque uma das pessoas que estava no "camarim" pegou o disco e saiu mostrando para todo mundo. Eu pensei, pronto, lá se foi o disco. Minha amiga estava impaciente. Naquele tempo, a gente tinha horário para chegar em casa e ela estava com medo de levar bronca do pai. Eu queria dar uma bifa na testa dela, mas tinha que manter a compostura. Depois de alguns apelos meus, o disco voltou. Ele perguntou meu nome, eu disse, ele escreveu uma dedicatória e como a brilhante aqui não consegue ficar sem falar uma besteira, falei que era "astróloga" e que queria os dados dele para fazer um mapa astral. Ele disse que já tinham feito, que o ascendente era Escorpião(sabia!) e eu insisti e disse que ia fazer um novo(??!!). Não sei pra quê: eu nem sabia fazer mapa naquela época. Vim aprender algum tempo depois. A data que ele me deu não é a mesma que aparece nas biografias por aí. Mas foi o que ele disse. Só sei dizer que nunca vi um homem tão bonito na minha vida. E dei sorte, porque ele foi gentil. Parecia um príncipe. Olhar misterioso, esverdeado. Acho que sonhei por um minuto. Depois, voltei à boa e velha realidade. Não tive coragem de dar um beijo no rosto dele. Achei que seria uma blasfêmia. Um aperto de mão tava bom demais. Ele é desses homens especiais que a gente percebe de cara. A mulher dele, Paula, com certeza(com todo respeito) ganhou na loteria. E ele também, porque ela também é muito especial. Eles têm um projeto lindo no Pantanal, de preservação e educação para as crianças da região. Isso é que é encontrar a alma gêmea.

Ele é um grande compositor e intérprete. Meu carinho fica com "Caminhos me levem", "Varandas", "Água que correu" e a mais que consagrada "Tocando em frente"(parceria com Renato Teixeira).

O último CD, "7 Sinais" é lindo.

Ele é uma bênção dos céus.

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